segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

SOLUÇÕES DE SOLUTOS NÃO-VOLÁTEIS E NÃO-IÔNICOS


Numa solução, as partículas do soluto “atrapalham” a movimentação das partículas do solvente e alteram a pressão máxima de vapor (de p 0 para p ), a temperatura de ebulição (de θ 0 para θ e ) e a temperatura de congelação (deθ 0 paraθ c ) da solução. Assim, por exemplo,dissolvendo um soluto não- volátil e não-iônico na água (para outros líquidos, a situação será semelhante), o diagrama de fases sofrerá alterações, conforme mostramos abaixo:


Nesse gráfico notamos os seguintes fatos importantes: 

Primeiro — A curva AT que separa o estado líquido do estado de vapor “desceu” para A ’ T ’. Isso decorre de medidas experimentais que nos mostram que a pressão máxima de vapor da solução é menor que a do líquido puro.A“descida”da pressão p0 para p é chamada de abaixamento da pressão máxima de vapor da solução. Temos então os seguintes valores: 

• p 0 é a pressão máxima de vapor do líquido puro, à temperatura θ ; 

• p é a pressão máxima de vapor da solução, à mesma temperatura θ (note que seria melhor dizer pressão máxima de vapor do solvente na solução); 

• p 0 - p = ∆p é o abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor da solução;

 é o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor da solução (é o chamado efeito tonoscópico ou tonométrico). 

Segundo — Ainda como decorrência do abaixamento da pressão máxima da solução, temos o aumento da temperatura de ebulição da solução. Tomando-se como exemplo a pressão de 1 atm, a ebulição da água pura ocorre a θ 0 = 100° C. Já a temperatura de ebulição da solução estará “deslocada” para θ e , sendo θ e > θ 0 = 100 ° C. 

Temos então os seguintes valores:

• θ 0 temperatura de ebulição do líquido puro; 

• θ e temperatura de início de ebulição da solução; 

• θ e - θ 0 = ∆θ e elevação da temperatura de ebulição da solução (é o chamado efeito ebulioscóspico ou ebuliométrico). Note que nessa definição se menciona a temperatura de início de ebulição da solução, porque, à medida que a solução ferve, o solvente vai evaporando e a concentração da solução vai aumentando; comisso,sua temperatura de ebulição θ e também aumenta. Essa preocupação não existe em relação ao líquido puro, pois durante toda a ebulição sua temperatura ( θ 0 ) se mantém constante.

Terceiro — Por fim, notamos ainda que a curva BT, que separa o estado líquido do estado sólido, também “desceu” para B ’ T ’. Isso decorre de medidas experimentais. Como conseqüência, haverá uma diminuição na temperatura de congelação da solução. A água pura se congela a uma temperatura θ 0 = 0 ° C, enquanto a temperatura de congelação da solução será deslocada para θ c , sendo θ c < θ0 = 0°C. Temos então os seguintes valores: 

• θ 0 temperatura de congelação do líquido puro;
• θ c temperatura de início de congelação da solução;
• θ 0 - θ c = ∆θc = abaixamento da temperatura de congelação da solução (é o chamado efeito crioscópico ou criométrico).





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